domingo, 23 de outubro de 2016

Veículos Clonados


Caros (as) leitores (as), hoje em nossa tradicional coluna vamos falar sobre veículos “clonados”, quais procedimentos devem ser adotados caso seu veículo seja “clonado” e algumas dicas que devem ser adotadas no momento da aquisição de automotores para evitar ser vítima desse tipo de crime.

Primeiramente, cabe esclarecer que o veículo “clonado” nada mais é do que um “dublê”, ou seja, existe um veículo devidamente registrado e documentado junto aos órgãos competentes, porém os marginais por meio ilícito ( furto ou roubo) adquirem um veículo com as mesmas características do veículo documentado (marca, cor, ano, modelo) e adulteram os sinais identificadores do veículo, sejam: placa de identificação, número parcial do chassi dos vidros, chassi original e/ou número do motor, assim surge o “clone”.

As adulterações podem variar tanto em quantidade como em qualidade, vai desde alterações grotescas até adulterações mais sofisticadas, o tipo de adulteração mais comum é a das placas de identificação e quando isso ocorre o dono do veículo verdadeiro que teve a placa clonada acaba tendo diversos transtornos, em consequência de multas de trânsito ou delitos que possam ser cometidos com o carro clonado.

Quando constatada a clonagem da placa, o proprietário do veículo verdadeiro deve se dirigir até uma delegacia de polícia, onde os investigadores e autoridade policial tomarão as devidas providências para elucidação e resolução do fato.

Ao adquirir um veículo automotor, vários cuidados devem tomados quanto sua identificação, hoje os criminosos estão especializados e realizando adulterações que passam despercebidos aos olhos do cidadão comum. Razão pela qual sugiro que ao realizar a compra de veículos, o comprador deve buscar um despachante para ter maior segurança no negócio a ser realizado.

Outro cuidado que deve se tomar é com a compra dos carros denominados “piseiras”, que nada mais é do que aqueles carros que possuem pendências financeiras ou administrativas junto ao DETRAN, esse é o tipo de negócio que se deve evitar.

O barato pode sair muito caro. Tornou-se corriqueiro no meio policial, prendermos pessoas que não acabaram tendo a devida cautela na hora de realizar um negócio de compra de veículo, e que adquiriram veículos “clonados”, ou seja, um carro produto de furto ou roubo que teve suas placas e sinais identificadores adulterados.

Nesses casos, o comprador do veículo “clonado”, quando abordado pela polícia e ficar constatada adulteração do veículo, este responderá pelo crime de adulteração de sinal identificador previsto no artigo 311 do Código Penal e sendo o carro adulterado produto de furto ou roubo responderá ainda pela prática do crime de receptação prevista no artigo 180 do Código Penal, ou seja, o barato pode sair muito caro! Por isso leitor, adote as devidas cautelas quando da aquisição de qualquer veículo automotor.


Uber é seguro?



Caros (as) leitores (as), hoje em nossa tradicional coluna vamos falar sobre o Uber e verificar se esta modalidade de transporte de passageiros é realmente seguro, ultimamente esse tipo de serviço vem causando grandes discussões na mídia seja pela acalorada discussão acerca da sua legalidade ou pelos casos de taxistas enfurecidos que cercam os carros que prestam esse serviço danificando-os e agredindo seus motoristas.

Vale lembrar que os taxistas que adotam esse tipo de comportamento reprovável e agressivo estão incorrendo em crime e quando identificados pela polícia respondem por seus atos criminalmente, sem prejuízo da ação indenizatória pelos danos materiais e morais que tenham causado, podendo ainda perder sua permissão pelo comportamento criminoso.

Após uma pesquisa dos requisitos para ser um motorista Uber, verifiquei que são exigidos dos chamados “motoristas parceiros” vários tipos de documentos, dentre eles: carteira de motorista com licença para exercer atividade remunerada – EAR; certidão e checagem de antecedentes criminais nas esferas federal e estadual; além disso, os carros precisam ser cadastrados com a apresentação de Certidão de Registro e Licenciamento do Veículo, Bilhete de DPVAT do ano corrente e apólice de seguro com cobertura APP (Acidentes Pessoais a Passageiros) a partir de R$50 mil por passageiro.

Quando todos esses requisitos são atendidos o motorista parceiro fica cadastrado no sistema, para ser usuário do serviço Uber também se faz necessário um cadastro prévio a partir do aplicativo.

Mas nada melhor do que usar o serviço para dizer se é seguro ou não, em determinado dia para retornar do Departamento da Polícia Civil, localizado no Centro de Curitiba até minha residência optei em chamar um Uber, realizei o cadastro em meu celular e solicitei o serviço pelo aplicativo, recebi imediatamente os dados do veículo e do motorista que me atenderiam, inclusive com foto, achei interessante conseguir acompanhar o deslocamento do veículo pelo celular e passado quatro minutos já estava embarcando.

Fui muito bem atendido pela motorista, uma senhora viúva, que diante da crise que passa nosso país encontrou no Uber uma forma honesta de sustentar sua família, mas teve um fato que me chamou atenção... Quando perguntei qual profissão ela exercia antes de ser Uber por um momento ela hesitou em falar, porém acabou relatando que era taxista, só que como não tinha táxi próprio se sujeitava a pagar diárias absurdas para donos de táxis, e que agora com o Uber estava conseguindo melhorar sua situação e superar a crise, disse ainda que trabalhava com certo receio diante dos casos de violência e agressões promovidas por alguns taxistas.

Ao final da corrida o aplicativo informou o valor da viagem que ficou em torno de R$ 20,00 (vinte reais), cabe salientar que já realizei o mesmo trajeto de táxi e a despesa ficou em torno de R$ 35,00 (trinta e cinco reais).

O serviço prestado se mostrou bastante eficiente e seguro, porém mesmo assim vou postar algumas dicas para trazer ainda mais tranqüilidade, caso você leitor opte por esse tipo de transporte.

Primeiramente, ao solicitar esse tipo de serviço se atente para os dados do veículo e do motorista que irá atendê-lo, compartilhe essa informação com alguém do seu ciclo familiar ou de amizade, repassando ainda qual seu ponto de partida e qual será seu ponto de chegada.

Antes de embarcar no veículo certifique-se que se trata do carro que foi disponibilizado para atendê-lo, se os dados do veículo, modelo e placa do carro, são as mesmas informadas pelo aplicativo, em caso de divergência não embarque. Caso esteja tudo certo, após o embarque você ainda tem a opção de utilizar o aplicativo para compartilhar sua localização com alguém da sua confiança.