quarta-feira, 10 de julho de 2013

Artigo Publicado no Jornal de Colombo - Sequestro Relâmpago




Amigo (a) leitor (a), hoje em nossa coluna falaremos sobre o sequestro relâmpago que é um tipo de crime, em que a vítima, geralmente é sequestrada em seu veículo, e mantida por um curto espaço de tempo, normalmente poucas horas, sob o controle dos bandidos.


O tempo que a vítima permanece com os sequestradores será apenas o necessário para que os meliantes façam compras e saques em dinheiro com seus cartões de crédito, saques bancários em caixas eletrônicos além de saques com cheques assinados pela vítima. 


Era um tipo de delito que estava se tornando corriqueiro no Brasil, o que forçou nossos legisladores no ano de 2009, a realizarem uma alteração em nosso Código Penal Brasileiro, tipificando esta conduta e aumentando as penas para os autores deste tipo de crime, com a alteração no CP, o artigo 158 passou a ter a seguinte redação:



“ Extorsão

Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa...

... § 3º  Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.

... Art. 159 ...

§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:

Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.

§ 3º - Se resulta a morte:

Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos...



Irei descrever alguns comportamentos que podem evitar ou diminuir as chances de você leitor, se tornar vítima desse tipo de crime:

  • Evite atrair a atenção de marginais, pois eles procuram pessoas que ostentam  jóias, grandes quantidades de dinheiro, cartões de crédito, talões de cheques, relógios caros...;
  • Quando for estacionar seu veículo dê preferência aos locais permitidos e de grande movimento de pessoas, variando dia a dia o local;
  • Varie as rotas e os horários regulares e quebre rotinas;
  • Nos semáforos, reforce sua atenção, observando o movimento nas proximidades, através dos espelhos retrovisores e quando necessário parar o veículo, evite aproximar-se muito do veículo da frente, isso facilita uma manobra evasiva.
  • Quando estiver dirigindo é de extrema importância, manter as portas trancadas e os vidros se possível fechados, este comportamento dificulta ação dos marginais;
  • Ao chegar em casa procure observar a presença de suspeitos nas proximidades. Se eles existirem, não se aproxime e acione a Polícia;
  • Evite locais escuros ou mal iluminados, eles contribuem para ação criminosa;
  • Procure sempre estar atento ao que acontece ao seu redor, lembre-se, sua distração é a vantagem do ladrão.
  • Quando sair do banco ou do caixa eletrônico, verifique sempre se você não está sendo seguido, se estiver sendo seguido, acione a Polícia e procure um local movimentado para pedir ajuda, isso inibirá e dificultará à ação dos criminosos.
  • Evite sair de casa com todos os seus cartões bancários e de créditos, pois no caso de um seqüestro relâmpago, seu prejuízo será maior assim como seu tempo de permanência nas mãos dos marginais.
  • Não exponha grande quantidade de dinheiro em público. Ao sair de casa, prepare previamente o dinheiro para as pequenas despesas;
  • Procure utilizar caixas eletrônicos em locais movimentados e seja discreto com o dinheiro sacado;
  • Se possível diminua o limite da sua conta corrente e bloqueie junto ao banco as opções de créditos que possam ser contraídas pelos caixas eletrônicos.
  • Em caso de suspeitas, procure guardar características físicas do(s) suspeito(s) e ligue imediatamente para a Polícia;
  • Em caso de abordagens por meliantes, não reaja nunca, mesmo que você ache que tem chance de sair-se bem. Sua vida vale mais do que qualquer ben material;



Um excelente Final de Semana e Boa Sorte!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Artigo Publicado no Jornal de Colombo - Latrocínio, o Roubo Seguido de Morte


Amigo (a) leitor (a), hoje em nossa tradicional coluna de Segurança Pública, iremos falar sobre o crime de latrocínio, ou seja, o Roubo seguido de morte, este é um dos tipos de crime de maior reprovação perante a sociedade, nessa modalidade criminosa o marginal durante ou até mesmo após o cometimento do roubo acaba matando ou tentando matar a vítima.

O que caracteriza este tipo de delito é o grau de violência que o ladrão utiliza contra a vítima para subtrair algo, e quando desta violência resulta morte, o homicídio ou a tentativa de homicídio surge como um qualificador, ou seja, dá ao delito razões para ampliação de sua pena, este tipo de crime está previsto no CPB – Código Penal Brasileiro, que reza:

Roubo
“ Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:...
... Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa...
... § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa”.

Esse crime também está previsto como hediondo, que são aqueles delitos mais graves e passíveis de maior rigor da lei, o que me chama atenção é que mesmo sendo um crime hediondo e com uma previsão de longos anos na cadeia para quem o cometer, é um tipo de crime em alta entre os marginais que agem cada vez mais com extrema violência, não se importando se para subtrair determinados bens ou valores precisem matar a vitima independentemente de ser uma pessoa idosa, um deficiente ou até mesmo uma criança.

Mas isso acontece por um motivo, infelizmente nosso país é conhecido como o berço da impunidade, no Brasil as Polícias carecem de mecanismos, de pessoal e de estrutura para atender a demanda deste tipo de crime que é muito grande, desta forma não existe milagre e as estatísticas acabam sendo na sua grande maioria desfavoráveis as instituições policiais.

Porém com toda precariedade e falta de estrutura, ainda existem policiais valorosos e dedicados, que se desdobram e acabam elucidando muitos casos de latrocínio, porém nossas leis que deveriam tratar deste tipo de crime com extremo rigor em benefício de toda sociedade, atendem apenas o interesse particular do ladrão que é agraciado com os “benefícios” existentes na nossa legislação, alguns exemplos são: a tal progressão de regime, o indulto do Dia das Mães, o indulto de Natal que obriga a justiça a colocar milhares de criminosos nas ruas, que saem com sede de matar, de roubar, de violentar de estuprar...

Já está mais do que provado que nosso atual sistema jurídico é um fracasso e a população de bem, teve que perceber isso da pior forma possível, muitas vezes com perdas de pessoas de sua família ou de seu convívio que nunca mais voltarão porque foram covardemente mortas por marginais.

O Brasil vive um momento crucial da sua Democracia, a população começou a perceber o poder que tem em suas mãos e cobra mudanças, diferentes segmentos da sociedade, pedem por uma reforma política e até mesmo por uma nova Constituição que garanta direitos e proteja o cidadão de bem, porque nessa atual, os valores se inverteram e o crime começou a compensar para as pessoas de má índole.

Caro leitor (a) como já é sabido a Polícia não pode estar presente em todos os locais ao mesmo tempo, e se por uma infelicidade do destino você acabar sendo vítima de Roubo, por mais difícil que seja, tente manter sua calma, entregue o que lhe pedirem e NUNCA, NUNCA REAJA a um assalto, não vale a pena perder a vida para defender seu patrimônio.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Cidadão de bem, reconhece o trabalho dos Policiais Civis da Delegacia de Furtos e Roubos



Seria possível pedir que repasse este email aos policiais citados no elogio abaixo e que foi enviado na página da PCPR?

Fico por tudo muito grato.

À Polícia Civil do Estado do PR

Gostaria de deixar registrado aqui meu agradecimento à equipe da Delegacia de Furtos e Roubos CURITIBA pela primorosa ação e pelo exemplo recomendável e honroso do que venha a ser um SERVIDOR PÚBLICO. 


A começar pelo investigador-Chefe Paulo Bressan, que ao perceber que eu portava as pistas fundamentais para elucidar o caso de furto do qual me queixava, e que era de razoável valor material além de tratar-se de meliante praticante contumaz de furto qualificado, tomou a dianteira, agiu com precisão e disposição e montou a equipe que em menos de duas horas tinha não somente prendido o assaltante, como recuperado TODOS os bens e valores, que foram devolvidos em sua integralidade e de maneira cuidadosa. 

Na continuidade, sob a liderança do Dr. Guilherme Fagundes e na companhia dos investigadores Marcelo Brandt e Paulo Roberto Jesus Santos que efetuaram a prisão fui ouvido em ambiente de civilidade e bem estar, com a máxima urbanidade e educação, demonstrando a consciência de serem representantes não somente do serviço público, mas da imagem da Polícia Cívil a qual representaram com altivez, honra e extremo sentido de dever. 

Por fim, no trato do encaminhamento do processo e do recolhimento de dados, mesmo ao fim de um dia extenuante, pude ver o zelo e cuidado com que o escrivão Abib Calixto Neto teve o cuidado de executar seu serviço com atenção, detalhe e precisão, além da igual honra à instituição que ele e toda a equipe representam.

Creio ser motivo de orgulho ao Delegado Chefe da DFR contar com uma equipe de profissionais dedicados e íntegros como estes que citei e que com certeza geram uma imagem de honradez para a instituição. Em tudo e por tudo sou grato por ter sido atendido por esta equipe e a Deus por tê-los colocado em meu caminho. 

Atenciosa e agradecidamente, me despeço, com o sentido de valer a pena ter gente assim na vanguarda ao atendimento ao público e honrando cada centavo neles investido. Incalculável o valor de um homem ou mulher que procedem como esses leais servidores da sociedade.
Claudio Oliver, Curitiba PR

Curitiba , 07 de Junho de 2013.

domingo, 23 de junho de 2013

Artigo publicado no Jornal de Colombo - O gigante se espreguiçou




Caro leitor (a),  hoje em  nossa tradicional coluna de Segurança Pública falaremos sobre as manifestações que tomaram conta das ruas em todo Brasil, tudo teve início a partir de algumas manifestações contra o aumento de vinte centavos na tarifa dos ônibus em São Paulo, porém o movimento ganhou força e tamanho se espalhando rapidamente por todo país.

Nos quatro cantos do país os brasileiros deixaram de lado a comodidade do “não fazer nada”, e milhares foram para as ruas protestar, não pelos “vinte centavos”, mas sim por seus direitos, protestaram pelo descaso de décadas com o povo, pelo desrespeito dos governantes com a Educação, Saúde, Segurança Pública, Transporte e principalmente pela impunidade em relação aos corruptos que estão instalados em nossa política como um verdadeiro câncer.

O Brasil é um país muito rico, e se bem administrado em poucas décadas poderá estar entre as potências mundiais, com a população usufruindo dos benefícios de um país desenvolvido e em constante progresso, porém sofremos nas mãos de políticos desonestos, pagamos altíssimos impostos, tudo que compramos, vendemos ou ganhamos, sofre com a incidência de tributos por parte do governo e não é pouco. Trabalhamos de 04 a 05 meses durante o ano somente para pagar impostos, e em contra partida qual a qualidade do ensino público oferecido pelo governo, e a saúde pública que de tão precária foi para UTI, a infra-estrutura e serviços públicos básicos deixam muito a desejar, a população, com razão se revoltou e foi para rua protestar.

Junto com os movimentos e protestos um grupo de aproveitadores formados por vândalos, baderneiros e até mesmo ladrões se infiltraram entre os manifestantes para promover desordem e cometerem crimes, fato este que ocasionou vários confrontos com a Polícia e muitos prejuízos para sociedade e para o movimento.

O povo brasileiro abriu os olhos e começou a ver o poder que tem, mas a melhor arma para mudar tudo isso é o voto consciente, a partir do momento que começarmos a eleger pessoas decentes para nos representar e acabarmos com a cultura da troca do voto por favores ou presentes, este país que tem tudo para dar certo, voltará para os trilhos, e os direitos que foram por muitos sonhados e fazem parte da nossa Constituição, deixarão de existir apenas no papel e passarão a fazer parte da nossa realidade.

O gigante não acordou apenas se espreguiçou, pois quando ele realmente acordar e a população perceber que o Poder emana do Povo para o Povo, começaremos a construir um país mais justo e solidário.

Parabéns para aqueles que manifestaram e protestaram de forma civilizada e pacífica, pois tenham a certeza de que estão mudando a história de nosso país e contribuindo para a construção de um Brasil muito melhor!!!


sábado, 11 de maio de 2013

Paulo Roberto no Camera em Ação da Record

Paulo Roberto participando da Operação Cinturão em São José dos Pinhais, no video aos 37 minutos.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Artigo publicado no Jornal de Colombo - Cuidado com o Golpe do Bilhete Premiado


 

Caro leitor, chegamos ao fim de mais uma semana de muito trabalho na Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Curitiba, hoje em nossa tradicional coluna irei tratar sobre um golpe que está sendo muito aplicado em Curitiba e na Região Metropolitana o famoso e já conhecido, golpe do bilhete premiado, que sem dúvida é um dos golpes mais tradicionais e antigos do Brasil, apesar de amplamente difundido muitas pessoas, na sua grande maioria pessoas idosas, acabam caindo neste golpe e sofrendo com a vergonha, constrangimento, além do grande prejuízo financeiro.

O golpe acontece normalmente da seguinte forma:
Um golpista, com jeito de “caipira”, “pouco esperto” e se passando por pessoa “humilde”, solicita informações sobre o endereço de uma agência da Caixa Econômica Federal dizendo que é para receber um prêmio de loteria. 


As vítimas normalmente são pessoas idosas e na sua grande maioria mulheres, para elas é mostrado o falso bilhete premiado, juntamente com um documento da Caixa Econômica Federal constando os números do bilhete premiado e o valor do prêmio, em alguns casos o golpista faz uma falsa ligação para um comparsa que se passa por funcionário do banco que informa os números do falso bilhete como sendo os do bilhete premiado.


Depois de muita conversa, o golpista propõe à vítima de lhe vender o bilhete premiado por uma fração do seu valor ou de lhe pagar uma gratificação para que o mesmo o acompanhe até agência bancária sobre o pretexto de que é necessário duas testemunhas para retirada do prêmio.


Para justificar a generosa oferta o estelionatário dirá que tem pressa porque o ônibus para sua cidade parte em 15 minutos, ou que esqueceu ou perdeu os documentos e não pode retirar o prêmio, que está desorientado com a burocracia ou com a "cidade grande", que é analfabeto, que tem alguém esperando ele, que a mãe dele está no hospital, enfim serão inúmeros os empecilhos para não conseguir receber o “prêmio” e repassar a vantagem para a vítima.


Se a vítima aceitar a proposta sacará o dinheiro da própria conta bancária e o entregará ao golpista em troca de um bilhete que não vale nada. Existem casos onde o golpista, em vez de dinheiro, aceita joias ou outros objetos de valor. 


Algumas vezes para pressionar ou incentivar a vítima a sacar seu dinheiro no banco, no meio da conversa com o golpista que oferece o bilhete, aparece um comparsa se dizendo pronto a comprar o bilhete fazendo com que a vítima acredite estar perdendo um bom negócio, ou o comparsa se oferece como sócio da vítima na compra do bilhete, inclusive mostrando parte do dinheiro necessário para compra do “volante premiado”. 


Leitores, cuidado com este tipo de golpe, conversem com as pessoas idosas do seu convívio para que elas não se tornem vítimas destes criminosos.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Artigo publicado no Jornal de Colombo - A difícil discussão sobre a legalização das drogas




É preocupante o aumento da criminalidade e da população carcerária em nosso país, as cadeias públicas e as penitenciárias já não são suficientes para acomodar as pessoas presas que são mantidas em condições muitas vezes desumanas e que não possibilitam a mínima chance de um processo de ressocialização com o indivíduo momentaneamente retirado da sociedade. 

Precisamos urgentemente de uma solução imediatista, que é a construção de novos presídios e de uma política pública eficiente para o processo de ressocialização dos encarcerados, mas é óbvio, que esta medida deve ser acompanhada também de políticas públicas que promovam a construção de escolas, centros de tecnologias e universidades que permitam a população mais carente o acesso a educação de qualidade. 

A construção imediata de novos presídios resolve o problema, neste momento, pois possibilitaria uma tentativa de ressocialização do indivíduo infrator, já os grandes investimentos na educação também contribuiriam e muito para a resolução deste problema, porém demorariam em torno de 15 a 20 anos para começar a surtir resultado e infelizmente muitos políticos não estão dispostos a esperar todo esse tempo, normalmente adotam medidas que possam ser “vistas” ainda durante o período em que estão no poder, só que estas medidas normalmente tem pouca ou nenhuma eficácia. 

Enquanto existem países como a Holanda que começam a fechar seus presídios por falta de presos, o Brasil se encontra no outro extremo, onde o sistema prisional está abarrotado, somente esperando o momento do “grande barril de pólvora” explodir. 

Sou a favor das leis e sou convicto de que as pessoas condenadas devem sim pagar pelos crimes que cometem, só que em contrapartida a mesma lei que os condena prevê suas garantias mínimas de dignidade da pessoa humana e de terem uma chance de ressocialização, porém o atual sistema se preocupa apenas em punir e não aplica efetivamente os meios que possibilitem ressocializar o indivíduo, que na maioria das vezes acaba saindo do sistema prisional pior do que entrou. 

Por isso acredito ser muito pertinente que nossas leis sejam revistas, muitas condutas hoje tipificadas como crime, são as responsáveis pela super população carcerária. Na Holanda a redução de presos e o fechamento dos presídios ocorreu depois que foi regulamentado e descriminalizado o uso de algumas drogas e pesados investimentos em políticas educacionais.

Hoje é fato, a superpopulação carcerária na sua maioria é formada por pessoas que cometeram o crime de tráfico de drogas, se ocorresse uma mudança em nossas leis, regulamentando e descriminalizando o uso de algumas substâncias, provavelmente, assim como na Holanda, começaríamos a fechar presídios e utilizar melhor o dinheiro público.

O Brasil gasta anualmente milhões de reais no combate ao tráfico de drogas, gasta dinheiro em uma “guerra contra as Drogas” que já estamos perdendo a algumas décadas, o atual sistema de combate as drogas é um fracasso, demorei algum tempo para perceber isso, mas como policial, como cidadão, como Administrador Público e agora estudante de Direito começo a perceber que realmente a política de combate as drogas precisa ser revista. 

É difícil de acreditar que a regulamentação e a descriminalização de algumas drogas, possa diminuir os índices de criminalidade, mas muitos países passam a adotar essas políticas e criar leis mais liberais e começam a ter resultados positivos, porém não podemos esquecer que juntamente com as criações desta lei devem surgir políticas educacionais de prevenção ao uso de drogas. 

De uma coisa eu tenho certeza, o atual sistema não funciona, mesmo sendo crime, pessoas continuam usando drogas, pessoas continuam vendendo drogas, pessoas continuam matando e roubando por causa das drogas, pessoas são presas por causa das drogas... 

A decisão de regulamentar e descriminalizar o uso de algumas drogas, deve ser discutido e decidido por toda sociedade, de certa forma decidimos a cada quatro anos, quando votamos e elegemos os políticos que são responsáveis pela criação e manutenção de nossas leis, milhões são orçados todos os anos para o combate as Drogas, dinheiro este que supostamente é investido na área policial e em políticas de combate e prevenção das drogas, o combate as drogas movimenta muito dinheiro, mesmo não trazendo resultados satisfatórios. 

Por que será que se investe tanto dinheiro em algo que não funciona? Enquanto isso falta recursos para a Saúde Pública, para Educação Pública, para Projetos Sociais...
Precisamos acabar com a política de “enxugar gelo”. 
Pense nisso!