Caro
leitor (a), hoje em nossa tradicional coluna falaremos sobre o golpe do “estelionato espiritual” que
existe atualmente na praça e que exploram a espiritualidade, crenças e a religião
das pessoas para obter ganhos ilícitos, neste tipo de golpe o “lobo” está
debaixo da pele da “ovelha”.
Infelizmente
pessoas sem escrúpulos acabam se aproveitando de pessoas de boa fé, explorando-as
espiritualmente, se aproveitando de uma necessidade espiritual ou de crença com
o único ou principal objetivo de enriquecer de forma ilícita.
Por
isso é de suma importância que as pessoas de bem aprendam a distinguir as
diferenças entre as práticas legitimas e lícitas das religiões e crenças do “estelionato
espiritual” que se aproveita da fé das pessoas para fins particulares e
econômicos.
O
Código Penal Brasileiro define o crime de Charlatanismo em seu artigo 283 que
reza:
“Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.”
Ainda
prevê o crime definido como Curandeirismo no seu artigo 284 que dispõe:
“Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica
também sujeito à multa.”
Neste tipo
de golpe os criminosos agem da seguinte forma:
Passam
por falsos curandeiros e cobram altos e injustificáveis valores para
supostamente ministrar curas inexistentes para doenças de vários tipos, muitos
prometem curar câncer e até mesmo à Aids.
Temos
também, os falsos Pais e Mães de Santos, que pedem dinheiro em quantidades
excessivas para supostamente fazer ou desfazer “trabalhos”, ou macumbas ou
coisas similares.
Os falsos
Ciganos, médiuns, operadores do oculto, que cobram, normalmente adiantados,
valores excessivos para seus serviços e prometendo em troca resultados maravilhosos.
Falsos Pastores
e/ou igrejas, que arrecadam dinheiro alegando ser para obras de bem ou para a
sustentação das obras religiosas da própria igreja ou ministério e depois usam
este dinheiro em proveito pessoal.
As
vítimas destes tipos de golpe normalmente se encontram em situação de
fragilidade, estando com problemas de saúde, econômicos, afetivos ou outros de
ordem pessoal.
Por se
encontrar nesta condição de fragilidade, as vítimas são então facilmente abordadas
ou contatadas de várias formas por estes tipos de criminosos, muitas vezes
através de intermédio de pessoas conhecidas e “de confiança”.
As vítimas são ludibriadas e recebem “garantias” e promessas que seus problemas serão resolvidos, em troca devem se comprometer a realizar pagamentos, transferir bens ou até mesmo realizar trabalhos de forma gratuita.
Na
realidade, as promessas feitas pelos golpistas nunca se realizam, os problemas
ficam e sobre tudo o dinheiro é usado exclusivamente para enriquecer os
golpistas.
Não se
pretende aqui colocar em cheque a crença, espiritualidade ou religião das
pessoas, mas sim alertá-las para não serem vítimas em potencial de
aproveitadores.
0 comentários:
Postar um comentário