quinta-feira, 14 de março de 2013

Artigo publicado no Jornal de Colombo - Estelionato Espiritual




Caro leitor (a), hoje em nossa tradicional coluna falaremos sobre o golpe do “estelionato espiritual” que existe atualmente na praça e que exploram a espiritualidade, crenças e a religião das pessoas para obter ganhos ilícitos, neste tipo de golpe o “lobo” está debaixo da pele da “ovelha”.
  
Infelizmente pessoas sem escrúpulos acabam se aproveitando de pessoas de boa fé, explorando-as espiritualmente, se aproveitando de uma necessidade espiritual ou de crença com o único ou principal objetivo de enriquecer de forma ilícita.

Por isso é de suma importância que as pessoas de bem aprendam a distinguir as diferenças entre as práticas legitimas e lícitas das religiões e crenças do “estelionato espiritual” que se aproveita da fé das pessoas para fins particulares e econômicos.

O Código Penal Brasileiro define o crime de Charlatanismo em seu artigo 283 que reza:

        “Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.”

Ainda prevê o crime definido como Curandeirismo no seu artigo 284 que dispõe:

        “Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
        I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
        II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
        III - fazendo diagnósticos:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
        Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à multa.”


Neste tipo de golpe os criminosos agem da seguinte forma:
Passam por falsos curandeiros e cobram altos e injustificáveis valores para supostamente ministrar curas inexistentes para doenças de vários tipos, muitos prometem curar câncer e até mesmo à Aids.

Temos também, os falsos Pais e Mães de Santos, que pedem dinheiro em quantidades excessivas para supostamente fazer ou desfazer “trabalhos”, ou macumbas ou coisas similares. 

Os falsos Ciganos, médiuns, operadores do oculto, que cobram, normalmente adiantados, valores excessivos para seus serviços e prometendo em troca resultados maravilhosos.

Falsos Pastores e/ou igrejas, que arrecadam dinheiro alegando ser para obras de bem ou para a sustentação das obras religiosas da própria igreja ou ministério e depois usam este dinheiro em proveito pessoal. 

As vítimas destes tipos de golpe normalmente se encontram em situação de fragilidade, estando com problemas de saúde, econômicos, afetivos ou outros de ordem pessoal.
Por se encontrar nesta condição de fragilidade, as vítimas são então facilmente abordadas ou contatadas de várias formas por estes tipos de criminosos, muitas vezes através de intermédio de pessoas conhecidas e “de confiança”.

As vítimas são ludibriadas e recebem “garantias” e promessas que seus problemas serão resolvidos, em troca devem se comprometer a realizar pagamentos, transferir bens ou até mesmo realizar trabalhos de forma gratuita.
Na realidade, as promessas feitas pelos golpistas nunca se realizam, os problemas ficam e sobre tudo o dinheiro é usado exclusivamente para enriquecer os golpistas.

Não se pretende aqui colocar em cheque a crença, espiritualidade ou religião das pessoas, mas sim alertá-las para não serem vítimas em potencial de aproveitadores.

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